São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estrangeiro adota estratégia defensiva

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
EDITOR DO PAINEL S/A

A queda das Bolsas e a alta dos juros e do câmbio nos mercados futuros foram, até agora, uma proeza de investidores locais.
Mas o movimento adquiriu tamanha magnitude -até segunda-feira era visto como mero ajuste de preços- que, desde a tarde de ontem, passou a ser acompanhado com atenção pelos investidores estrangeiros. Por enquanto, prevalece a avaliação de que o pior (foi ontem) já passou.
Alguns estrangeiros já adotaram uma atitude mais defensiva. Ou seja, procuraram "hegde" (seguro) para suas posições, atuando no mercado futuro de dólar. Outros decidiram encurtar o prazo de suas aplicações no país (até vendendo títulos que são considerados moedas de privatização). A maioria, porém, continua apenas assistindo a explosão do mercado.
Não há para os estrangeiros, segundo os analistas ouvidos pela Folha, razões técnicas para a continuidade do movimento, mas se ele continuar...
Para eles, juros e câmbio já estão em ponto de compra e, nas Bolsas, resta apenas esperar pelo comportamento dos fundos de investimento -já que hoje deve acontecer uma nova rodada de saques.

Texto Anterior: Conselho a investidor é ter 'cabeça fria'
Próximo Texto: Para governo, crise na Ásia foi pretexto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.