São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Motta promete 3,6 milhões de celulares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As empresas do Sistema Telebrás vão instalar mais 3,65 milhões de terminais (linhas) de celulares até o final de 1998, segundo afirmou o ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
Hoje, a Telebrás tem 3,2 milhões de terminais de celulares instalados e contratados.
Motta afirmou que já autorizou a Telebrás a ampliar os terminais da chamada banda A (parte estatal da telefonia celular) para competir com a banda B (parte privada).
Para atingir esse objetivo, a Telebrás vai usar a tecnologia digital, que necessita de menores investimentos para a ampliação.
Motta disse ainda que, na próxima sexta-feira, o ministério vai recorrer à Justiça para contestar a participação do consórcio Telet na abertura das propostas para as áreas 2 (interior de São Paulo) e 3 (Rio de Janeiro e Espírito Santo).
O consórcio assegurou a sua participação na abertura das propostas por meio de uma liminar obtida no STJ (Superior Tribunal de
Justiça).
Motta desclassificou o Telet na última fase de habilitação técnica, alegando que o consórcio não tem capacidade operacional para disputar as áreas 2 e 3.
O ministro disse também que está avaliando a criação de um "kit concessão" para estimular o interesse dos consórcios pela área 8 (região Norte).
No "kit" estaria incluída, por exemplo, a permissão para exploração de serviços de transmissão por meio de satélites.
Nenhum consórcio se interessou pela área 8 porque o preço mínimo de R$ 200 milhões, estabelecido pelo ministério, foi considerado alto pelo mercado.
O ministério vai abrir nova licitação para a área.
Fundos de pensão
Os fundos de pensão podem ter a sua participação limitada em até 20% na privatização das empresas do Sistema Telebrás.
Segundo Sérgio Motta, a lei das privatizações admite essa limitação. "Tinha me esquecido desse detalhe", afirmou.
Motta disse que ficou incomodado com o controle dos fundos no caso do consórcio Telet, que disputa concessões na banda B (fatia da telefonia celular destinada à iniciativa privada).
No caso da banda B, essa limitação não pode ser aplicada, porque o processo licitatório já está em andamento.
O ministro afirmou, em diversas ocasiões, que prefere que os futuros controladores das teles sejam operadores de telefonia.
Os operadores tem maiores condições de administrar com eficiência uma empresa do setor, avalia.

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