São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Argélia liberta líder de grupo islâmico preso há seis anos Abassi Madani, da FIS, é considerado um moderado DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O governo argelino libertou o líder da Frente Islâmica de Salvação, Abassi Madani, que estava preso desde junho de 1991 e cumpria pena de 12 anos de prisão por "ameaçar a segurança do país".A FIS, sigla pela qual o grupo é conhecido, é a principal frente de oposição religiosa ao governo laico do presidente Liamine Zeroual. Líderes do grupo exilados na Europa disseram que a libertação é "um ato positivo tomado pelo presidente Liamine Zeroual e uma contribuição definitiva e efetiva para solucionar a crise e retornar à paz e à estabilidade". A libertação de Madani, que não é considerado um linha-dura, foi vista como uma concessão de Zeroual aos moderados islâmicos. Na semana passada, outro líder da FIS, Abdelkader Hachani, foi libertado horas depois de sentenciado a cinco anos de prisão. Hachani já cumprira sua pena em regime de prisão preventiva. Madani, um ex-professor de psicologia da educação, liderou a FIS por 30 meses e, sob seu comando, a frente surgiu como uma força política na Argélia. A libertação do líder muçulmano ocorre após uma nova onda de violência no país. Ontem, 15 habitantes de um vilarejo da Província de Medea (70 km ao sul de Argel, a capital) foram degolados durante a madrugada. Nos três dias anteriores, 66 pessoas foram mortas em atentados. A violência explodiu no país em 1992. Naquele ano, um golpe de Estado anulou eleições parlamentares que eram vencidas pela FIS. A frente foi colocada na ilegalidade. Mais de 60 mil pessoas já morreram nos conflitos e atentados que se sucedem desde então. Texto Anterior: UE confirma nomes de países candidatos Próximo Texto: Israel apura queda de ponte que matou 2 Índice |
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