São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ex-prefeito contradiz gerente da Obelisco
IGOR GIELOW; XICO SÁ
Em depoimento no fim de junho ao Ministério Público de São Paulo, o gerente-administrativo da Obelisco afirmou que a empresa estava funcionando normalmente. Em entrevista publicada ontem pela Folha, Maluf afirma que a "granjinha" era um mau negócio e que foi desativada. A Obelisco pertence a Sylvia e Ligia Maluf, mulher e filha do ex-prefeito, respectivamente. Em sua sede, um segurança afirmou que "todos estão em férias coletivas" até agosto. A granja da empresa, no km 9,5 da estrada Itatiba-Louveira, está desativada. "O gerente José Antônio Orlandelli Lopez me disse que a granja funcionava. Agora, o ex-prefeito diz que não. Temos que averiguar o que é verdade", afirmou o promotor Alexandre de Moraes. Lopez foi procurado ontem pela Folha, mas a reportagem foi informada que ele está em férias. Moraes instaurou inquérito civil em abril para apurar as vendas de coxa e sobrecoxa de frango feitas pela empresa A D'Oro, do irmão de Sylvia Maluf, à Prefeitura de São Paulo no ano passado. A A D'Oro ganhou o direito de fornecer 823 toneladas do produto, entre 5 de agosto de 1996 e 26 de fevereiro de 1997, após a Frigobrás (do grupo Sadia) propor aumento no preço do frango que fornecia. Como era a segunda colocada na licitação, a A D'Oro ficou com o negócio. Só que o Ministério Público afirma que seria necessária uma nova licitação. Outro ponto suspeito, para o Ministério Público, é o fato de a A D'Oro ter comprado frango para abate da Obelisco. "Maluf fala que ajudava a Obelisco. Isso só reforça a hipótese de que havia uma triangulação para favorecer empresa da Sylvia Maluf", afirma Moraes, que entrou em férias ontem. (IG e XS) Texto Anterior: Compra de frangos feriu a Constituição Próximo Texto: Granja de Sylvia revende aves Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |