São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997
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Vizinha se queixa de obra

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As escavações da extensão oeste do Metrô são responsáveis, segundo a dona-de-casa Waldete Ramos, 51, e o filho dela, o comerciante Marcelo Longo Ramos, 29, moradores da rua Votuporanga, 293, pelo desabamento de uma edícula nos fundos da casa em 95.
"O laudo do Instituto de Criminalística (IC), na época, concluiu que o responsável pelo desabamento era o Metrô. O IC disse que não dava para fazer escavações sob as casas porque o solo é arenoso", disse Waldete.
"O laudo concluiu que houve negligência e imprudência. Era totalmente previsível, segundo o IC, escorar e prever os recalques (afundamentos de solo) que estavam acontecendo", diz Longo.
Até hoje, a edícula não foi reedificada, e os operários da Constran, contratada para escavar os túneis, ainda trabalham num muro de contenção nos fundos do terreno.
A edícula era usada como canil pela família Ramos.
O respirador da futura estação Sumaré vai ficar, segundo Waldete, nos fundos da casa dela, na rua Heitor Penteado.
A família, que perdeu 60 m 2 do imóvel, moveu duas ações na Justiça. Uma delas foi arquivada.
"O juiz alegou que não havia crime, mas aqui ocorreram dois: danos e periclitação da vida e da saúde. Corremos risco de vida", afirma o filho de Waldete.
Na área cível, o processo corre na Fazenda Pública e, segundo Marcelo Longo, está parado.
Segundo Longo, o acidente de anteontem causou o aparecimento de trincas nos azulejos do banheiro nos fundos do imóvel.
(MO)

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