São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Conheça a história do conflito na região

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A violência entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte tem suas raízes na colonização por protestantes britânicos, no século 17. Ela ocorreu no nordeste da Irlanda (região chamada de Ulster), onde viviam os católicos. Em 1801, a Irlanda tornou-se parte do Reino Unido.
No começo deste século, começou a ganhar corpo um movimento de independência. É nessa época que surge o Sinn Fein. O IRA (Exército Republicano Irlandês) aparece em 1919.
Em 1920, foram criados dois Parlamentos. Um em Dublin, para 26 distritos predominadamente católicos da Irlanda, e um em Belfast (hoje a capital da Irlanda do Norte), para os outros seis distritos, de maioria protestante.
Em 1922, os distritos do sul declaram independência: nasce o Estado Livre da Irlanda, que, em 1949, viria a se tornar a atual República da Irlanda.
Privação de direitos
Com apoio da maioria protestante (hoje cerca de 60% da população), o Partido Unionista do Ulster mantém o controle do Legislativo de Belfast, excluindo a população católica do governo e de benefícios sociais e trabalhistas.
No final dos anos 60, os católicos começam um movimento pacífico exigindo mais direitos. Os protestantes reagem de forma violenta, e isso faz ressurgir o IRA. O grupo terrorista começa a promover uma campanha de atentados para forçar uma união com a República da Irlanda.
Em 1969, o governo britânico ocupou militarmente a região e, em 1972, dissolveu o Parlamento de Belfast e assumiu diretamente todas as funções políticas e administrativas.
Desde então, aumentou também a violência por parte dos grupos paramilitares protestantes, como a Força Voluntária do Ulster. Em 28 anos de violência sectária, morreram cerca de 3.200 pessoas, e outras 37 mil ficaram feridas.

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