São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Como conseguir até R$ 5.000 e ser patrão

CEF libera verba para abertura de negócio

CLEBER MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A CEF (Caixa Econômica Federal) já começou a receber propostas de recém-formados no Estado de São Paulo, interessados em abrir um negócio.
Eles buscam financiamento de até R$ 5.000 da CEF, dentro do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), criado pelo governo federal em 95.
A USP (Universidade de São Paulo) deve ser a encarregada de avaliar os projetos dos futuros empreendedores.
"A linha de crédito é apenas uma porta para o mercado de trabalho", diz Everaldo Coelho da Silva, gerente de mercado da CEF e responsável pelo programa.
Com R$ 5.000, dá para o futuro empreendedor comprar dois microcomputadores -equipamentos básicos para um escritório de advocacia, por exemplo.
A verba pode ajudar também na abertura de um consultório médico ou dentário. "O valor ainda é pequeno, mas já dá para um começo", afirma Paulo Mercadante, 48, presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.
A montagem de um consultório novo para dentista sai em torno de R$ 10 mil. "Com a metade do valor, o profissional pode comprar equipamentos usados e já começar a trabalhar", diz Mercadante.
Mas nem todo recém-formado é assim tão otimista. "Não são todos que conseguem arcar com o financiamento", diz Léo Takahashi, que se formou pela USP neste ano.
Ele trabalha no esquema "cooperativa" em consultórios de amigos, usando os horários ociosos.
Mas o recém-formado disposto a encarar o financiamento conta com outro incentivo: os juros. A CEF cobra TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que é cerca de 10% ao ano, mais 3% também ao ano -valores abaixo dos de mercado.
A nova Poupança de Crédito Imobiliário da CEF impõe 12% de juros ao ano mais TR (Taxa Referencial) -0,6580% ao mês.
O prazo para o pagamento do empréstimo é de até dois anos. Nos primeiros seis meses, só é preciso pagar os juros (veja quadro).
Já implantaram o programa, que conta com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), sete Estados.

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