São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Sinal amarelo; Quem sabe sabe; Passado de esquerda; Fatura cara; Negócio da China; PSDB dividido; Xenofobia às avessas; Cascata ligada; Drama brasiliense; Saída verde; Aval político; Em ebulição; Esqueceram as digitais; Malvadeza à vista; A conferir

Sinal amarelo
Marketeiros de políticos que sonham com um mau momento de FHC para disputar o Planalto descobriram uma brecha. Pesquisas qualitativas revelam que começa a colar no presidente o carimbo de que não manda no governo e da falta de autoridade.

Quem sabe sabe
Avaliação do Morgan Stanley, banco norte-americano de investimentos: "A presença ou ausência (de Luís Eduardo Magalhães) no governo não fará muita diferença na história brasileira no curto prazo".

Passado de esquerda
Documento confidencial do serviço de inteligência da Aeronáutica (nº 2.074) comprova que FHC foi investigado pelo regime militar em 78. Um dos motivos foi um panfleto no qual o então candidato ao Senado reclamava da "ferocidade do regime".

Fatura cara
De Esperidião Amin, presidente do PPB, sobre o pronunciamento que o PFL obrigou FHC a fazer: "Não se pode dizer que o presidente estava à vontade. Foi a primeira fotografia do custo político do Sérgio Motta".

Negócio da China
Auditoria na Fundação IBGE concluída neste mês pelo TCU achou tropeços em contratos de R$ 5,6 milhões de publicidade e aluguel de imóveis. Entre eles, um "contrato com prazo de vigência indeterminado".

PSDB dividido
Tucanos discutiram anteontem uma posição oficial em relação a Serjão. José Aníbal defendeu o apoio ao ministro, enquanto Pimenta da Veiga recomendou distância. Saíram da reunião sem definir nada.

Xenofobia às avessas
Presidente da Embratel, Dílio Penedo expulsou os jornalistas brasileiros do evento de assinatura do contrato de venda de cabos submarinos para ligação entre Brasil e Portugal. A imprensa lusitana teve livre acesso.

Cascata ligada
Funcionários da Casa da Dinda trabalham para a chegada do patrão, Fernando Collor de Mello, em agosto, quando o ex-presidente vai tentar convencer o Supremo Tribunal Federal a lhe restituir os direitos políticos.

Drama brasiliense
De Paulo Bernardo (PT-PR), sobre o desfecho da crise entre Serjão, Luís Eduardo e FHC: "Foi uma decepção. A coisa começou como uma tragédia grega e acabou como uma ópera bufa".

Saída verde
FHC foi aconselhado a convocar o Conselho da República para buscar respaldo civil e político a fim de endurecer com as polícias estaduais. As Forças Armadas teriam aval para substituir as milícias por prazo determinado.

Aval político
A Constituição prevê a convocação do Conselho da República nos casos de ameaça à "estabilidade das instituições democráticas" e de "intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio". Militares não fazem parte do conselho. Somente civis.

Em ebulição
Arapongas preparam relatórios para o governo sobre eventuais quebras de hierarquia nas polícias de todos os Estados.

Esqueceram as digitais
Foi mal-assada a pizza da CPI dos Precatórios. Tentaram livrar a cara dos políticos no relatório final, mas esqueceram que as irregularidades estão nos autos, que são conhecidos pela PF, Receita e Ministério Público.

Malvadeza à vista
Do senador Gilberto Miranda (AM), justificando a transferência de seu título de eleitor para São Paulo: "'Vou ajudar o PFL paulista a ficar como o da Bahia, que é o único bom de briga. O PFL pernambucano e o catarinense não fazem o meu estilo".

A conferir
A Articulação crê que vai conseguir reverter a vantagem que a esquerda do PT tem obtido nos Estados para o Encontro Nacional. A tendência de Lula e Zé Dirceu avalia que obterá vantagem de pelo menos 40 delegados.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Jacques Wagner (PT-BA), sobre o ministro Sérgio Motta (Comunicações) ter criticado o PSDB da Bahia, classificando de "excrescência" a filiação do ex-governador Nilo Coelho:
- Os tucanos baianos são como mulher de malandro. Quanto mais tentam agradar ao Planalto, mais apanham.

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