São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
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Nina Simone cobra Bethânia
EDSON FRANCO; PEDRO ALEXANDRE SANCHES
Ao ser questionada sobre a lembrança que guarda de "I'm Ready to Sing", canção que gravou com a baiana em 1988, ela disparou: "Estou procurando por ela, pois não recebi direitos autorais por aquela gravação até hoje. É possível localizá-la para mim?" Nina, 64, afirmou que está feliz em voltar a tocar no Brasil. "Eu amo o Rio de Janeiro e amo São Paulo, adoro seus carnavais." Sobre o repertório que pretende incluir nos shows brasileiros, foi reticente. Citou, entre poucas, "The King of Love Is Dead", "Take Me to the River" (do repertório de Al Green), algo de "Mahagonny", de Kurt Weill e Bertolt Brecht, e "No Woman No Cry", sucesso de Bob Marley. "Todo mundo conhece essa canção, então vou cantá-la", disse, sobre a última. Locomovendo-se pelo hotel numa cadeira de rodas -"mas não sou inválida", garantiu, levantando-se e andando para provar-, Nina manifestou entusiasmo pela apresentação a céu aberto do domingo. "Cada um dos dois shows tem de ser planejado de forma diferente, com instrumentação diferente, canções diferentes, atitude diferente. Em night clubs como o Bourbon há as bebidas." Após a entrevista coletiva, a direção do Bourbon Street anunciou que serão colocados nas mesas bilhetes com pedidos de que se faça o máximo silêncio possível. Nina nasceu Eunice Kathleen Waymon, na cidade de Tryon, na Carolina do Norte. Sua iniciação musical se deu na igreja, onde cantava em um coral liderado pela mãe. Conseguiu seu primeiro contrato com uma gravadora em 1957. Com o recrudescimento das relações raciais nos EUA, no final dos anos 60, assumiu posturas políticas incisivas. (EDSON FRANCO e PEDRO ALEXANDRE SANCHES) Show: Nina Simone Onde: Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema, tel. 011/542-1947) e praça da Paz (parque Ibirapuera) Quando: hoje (Bourbon), às 22h30, e domingo (Ibirapuera), às 16h Quanto: R$ 70 a R$ 130 (ingressos esgotados); no Ibirapuera, entrada franca Texto Anterior: Onde está o Wally?; Firme e forte; Trash eletrônico Próximo Texto: Prostituição pode ser regulamentada Índice |
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