São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Seleção adota maquiagem para jogar

DEBORAH GIANNINI
ENVIADA ESPECIAL A CAMPINAS

Antes de entrar na quadra, existe um ritual entre a maioria das jogadoras da seleção feminina de basquete: tomar banho, passar hidratante pelo corpo, perfume e um batonzinho.
"Se eu não tomar banho e passar perfume antes do jogo, eu não entro", diz a pivô Alessandra, 24, que usou lentes coloridas nos jogos da Olimpíada de Atlanta, em 1996.
Ela diz não ser "fiel a um perfume", mas, para treinar, prefere o Kenzo e o One, da Calvin Klein.
Alessandra está fazendo dieta, sob a orientação de uma nutricionista, para ganhar massa muscular. "Cortei açúcar e comidas gordurosas. Além de me ajudar na parte técnica, me ajuda na vaidade. Vou ficar com o bumbum mais durinho", diz a jogadora.
Também para ficar mais bonita, Alessandra fez, há seis anos, maquiagem definitiva, delineando as sobrancelha e os olhos. "Adorei."
Sua irmã, a pivô Marta, 33, costuma passar óleo Johnson durante o banho para "ficar com cheiro de bebê". Depois, passa uma loção, uma colônia "leve" e o batom.
"No treino, a Patrícia estava fazendo a defesa e ficou com minha marca de batom no braço", conta.
Mesmo em fase intensiva de treino para a Copa América, que acontece de 5 a 10 de agosto em São Paulo, elas conseguem encaixar na agenda os cuidados com a beleza.
Na última quarta-feira, em Campinas, Marta foi ao cabeleireiro cortar e alisar o cabelo; na quinta, foi ao dermatologista tirar as sardas do rosto; neste sábado, tem consulta marcada na manicure.
"Dessa vez, não tingi o cabelo, mas retoco a raiz de 15 em 15 dias", afirma Marta.
Deixar o cabelo em ordem durante a partida é vaidade mais comum entre as atletas da seleção.
A ala Leila, 22, faz uma rabo de cavalo alto "bem feminino", Patrícia, 20, usa gel "para não espetar", e Alessandra, antes de colocar a tradicional faixa no cabelo, não dispensa o musse.
As mãos das jogadoras também recebem cuidados especiais.
Quase todas exibem esmaltes, que vão do branco ao vermelho. Leila faz as unhas em casa e usa cores claras. Kelly, 17, não gosta de unhas curtas. "Reclamam que está arranhando, mas eu não corto."

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