São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
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Para FBI, Andrew Cunanan se suicidou
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Nenhum bilhete escrito por Cunanan para justificar seu ato foi achado junto ao local onde seu corpo foi encontrado, uma casa-barco na avenida Collins, em Miami Beach. Na primeira entrevista após o anúncio da descoberta do corpo, na madrugada de ontem, Richard Barreto, chefe da polícia de Miami, chegou a gaguejar quando indagado se a polícia teria matado o suspeito, quando da invasão da casa-barco. William Esposito, diretor-adjunto do FBI, disse ontem em entrevista coletiva que Cunanan fez, em seus últimos dias, desde a Flórida, várias ligações telefônicas a amigos da Costa Leste em busca de um passaporte. Com a confirmação de que o corpo encontrado era mesmo de Andrew Cunanan, que além da morte de Versace é suspeito de outros quatro assassinatos, o FBI está agora investigando possível relação do morto com Torsten Reineck, 49, proprietário da casa-barco. Reineck, que é alemão, estaria passando férias no México, de acordo com seus familiares. Na terça-feira, porém, ele teria sido visto em Las Vegas, onde é dono de um clube para gays. A casa-barco de Reineck, que tinha contas de luz e telefone atrasadas há seis meses, fica a cerca de 4 km do local da morte de Versace. A polícia acredita que, desde 15 de julho, quando foi assassinado o estilista italiano, Cunanan tenha permanecido nas proximidades da avenida Collins, uma das principais de Miami Beach. Antes de ter ido à casa do alemão, Cunanan chegou a dormir no barco de um fotógrafo argentino, deixando lá suas impressões digitais, peças de roupa e recortes de jornal sobre a morte de Gianni Versace. Quando o fotógrafo percebeu e chamou a polícia, Cunanan fugiu. Texto Anterior: Perícia reforça suspeita de atentado Próximo Texto: Clonada ovelha com gene humano Índice |
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