São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Presidente diz que ato foi um fracasso e que não ouviu vaias

DA ENVIADA ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO (SP)

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, em Campos do Jordão (175 km a noroeste de SP), que, pelo que viu nos jornais, as manifestações de anteontem "foram um fracasso". "Mas vivemos numa democracia, cada um se manifesta", disse.
O ato "Abra o Olho, Brasil", liderado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e pela CUT (Central énica dos Trabalhadores), marcou o Dia do Trabalhador Rural e reuniu cerca de 40 mil pessoas em 20 Estados.
Os organizadores esperavam a adesão de 70 mil manifestantes.
O presidente fez as declarações ao se aproximar do portão do Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão, para cumprimentar um grupo de cerca de 30 turistas, antes de seguir para o helicóptero que o levaria para São Paulo.
FHC desceu a pé o trecho de pouco mais de 50 metros que separa a entrada do palácio do portão, acompanhado do governador Mário Covas (PSDB), com quem se reuniu durante boa parte do dia de ontem.
Guardando uma distância estratégica do portão e evitando dar entrevista, FHC disse que tinha ido cumprimentar as pessoas que se encontravam ali. Foi aplaudido.
"Passei um final de semana muito agradável com o governador, com dona Lila (a primeira-dama do Estado) e com todo o pessoal que nos ajudou aqui. Nós só conversamos abobrinhas", afirmou.
Com relação às vaias que recebeu na noite de anteontem, quando entrou no auditório da cidade para assistir ao concerto do pianista Arthur Moreira Lima, FHC disse ter ouvido apenas aplausos.
"Um ou outro, que não dormiu bem à noite, é que vaiou", afirmou o presidente.

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