São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997 |
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Tim Maia foi entregador de marmita
LUÍS PEREZ
Apesar de ter ficado cinco anos naquela dureza, não gostava: "Eu era muito revoltado, era um emprego hiper-revoltante, que me fez brigar várias vezes na rua". Segundo ele, o grande problema é que era tratado de uma forma pejorativa. "Os caras chamavam a gente de marmiteiro", conta. O pai dele fazia dois ganchos, um em cada extremidade da madeira, em que eram penduradas as marmitas. Nas rixas de rua, "aquilo virava uma arma, uma espada". Tim Maia trabalhava na pensão do pai. "A situação não era fácil. Não tínhamos marmitas suficientes. Era só o tempo de o cara comer e a gente pegava de volta." O cantor diz que chegava à casa de alguns clientes e recebia como resposta: "Estou comendo ainda. Não tem nada não, meu filho". Diz que sempre foi honesto. "Nunca comia. Os amigos queriam um pedacinho de bife, de almôndega. Mas não mexia, não." Texto Anterior: Secretária precisa organizar as informações Próximo Texto: Confira 16 vagas na cidade de São Paulo Índice |
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