São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Santos consegue empatar com Sport

DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Santos e Sport empataram ontem em 1 a 1, no estádio da Ilha do Retiro, que foi policiado por 50 agentes particulares, 70 cadetes da Polícia Militar e cinco oficiais, já que a PM e a Polícia Civil de Pernambuco estão em greve.
O público foi baixo, 5.509 pagantes, pois os recifenses preferiram não sair à noite, já que a cidade vive uma onda de violência.
Grama molhada
O mais marcante, porém, foi o gramado do estádio da Ilha do Retiro. Molhado (choveu à tarde), alto e irregular, ele acabou influindo em vários lances da partida.
Como, por exemplo, aconteceu no primeiro gol do Santos: o zagueiro do Sport Alexandre Lopes (ex-Corinthians) rebateu uma bola na área, Caíco chutou a gol e a bola bateu no chão, enganando o goleiro Bosco, que a largou.
O meia Arinelson dominou, driblou o goleiro e marcou.
Passados três minutos, Alexandre Lopes se redimiu do erro, aproveitando falha do zagueiro santista Narciso e chutando forte, sem defesa para Marcelo.
No primeiro tempo, o número de faltas do Santos foi o dobro das do Sport, que teve duas vezes mais oportunidades de marcar.
O time pernambucano chegava perigosamente com jogadas de Jackson, Leonardo e Juninho, enquanto o Santos esbarrava na marcação próxima à área rival.
O Sport quase chegou ao segundo gol aos 44min da primeira etapa, com uma cabeçada de Didi.
No segundo tempo, o time do Sport, principalmente Leonardo, perdeu várias chances de gol.
Comboio de torcedores
Em consequência da greve das polícias, os torcedores saíram em comboio para assistir ontem à noite o jogo. Em grupos, os recifenses se mantiveram atentos à qualquer provocação de tumulto.
A insegurança nas ruas da cidade desencadeou cerca de 70 assassinatos desde o último dia 16.
Não houve registro de violência no estádio. Apesar de o esquema de segurança ter sido reforçado, o público que compareceu ao estádio ficou abaixo da expectativa da diretoria do clube.
"Demos garantia. Se o torcedor teve medo, é um risco que temos que correr", disse o vice-presidente do clube, Aloísio Monteiro.

LEIA MAIS sobre o Brasileiro-97 às págs. 4-2, 4-8, 4-9 e 4-10

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