São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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'Terceiro' Corinthians pega o União

LUIZ CESAR PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Com três desfalques no time, o técnico Nelsinho Batista expandirá hoje o número de experiências no Corinthians que o levaram, somente em 97, a formar quase três equipes diferentes, tendo utilizado 32 jogadores em 45 jogos.
A equipe pega o União São João, último colocado do Brasileiro, às 16h, no Pacaembu, sem o meia-lateral Fábio Augusto, suspenso, o lateral-esquerdo André e o meia-atacante Souza, ambos recuperando-se de contusões.
A saída de Fábio Augusto é coberta com a volta de Rodrigo, recuperado da cirurgia no tornozelo. Pela esquerda, Silvinho cobre a vaga de André. Mas no meio-campo a situação exige uma solução emergencial.
Com uma vaga aberta desde a saída de Marcelinho, vendido para o Valencia (Espanha), Souza era o responsável pela armação das jogadas, tendo Donizete improvisado ao seu lado.
Contundido, o meia dá lugar a Fernando Diniz que, com o avanço de Donizete para o ataque, formará a dupla de criação no meio-campo corintiano com o meia Edinan, o 32º jogador experimentado por Nelsinho em 97.
Edinan disputou apenas uma partida pelo time em 97, na vitória por 5 a 2 sobre o Londrina, terça passada, mas garantiu lugar imediato entre os titulares.
E, mesmo após tantos testes, o treinador corintiano afirma ainda não ter encontrado os substitutos que considera ideais para os eventuais desfalques.
"O Fernando Diniz não tem característica de fazer lançamentos. Ele é parecido com jogador de futebol de salão, que carrega mais a bola. Estamos trabalhando com ele para que distribua mais o jogo", afirma o treinador.
Reforços
Além disso, Nelsinho mostra-se inconformado com o número de jogadores que têm à disposição e segue em sua exigência por mais dois reforços, um meia-atacante e um lateral-direito.
"Está acontecendo o que já venho falando há duas semanas. Não é só a questão de substituir o Marcelinho. Os reforços viriam como solução para esses problemas de cartões e contusões", afirmou.
Mas as novidades vindas do patrocinador do clube, o banco Excel Econômico, responsável pela maioria das contratações do time este ano, não são animadoras.
"Trazer um substituto à altura do Marcelinho é inviável neste momento. O Nelsinho é muito bem pago e tem competência suficiente para levar este time, que tem o elenco mais caro do país, ao título", transfere a responsabilidade o diretor de Esportes do Excel, Mário Sérgio Pontes de Paiva.
Quanto às alterações no time, o jogador que mostrou-se mais animado foi o atacante Mirandinha. Artilheiro do time este ano, com 21 gols em 40 jogos (média de 0,52 por jogo), o atacante não vem tendo bom desempenho desde que Marcelinho foi vendido e Donizete recuado para o meio.
"Sem desmerecer o Agnaldo, eu tenho um entrosamento melhor com o Donizete", afirmou.
Donizete, que saiu do treino anteontem sentindo dores na virilha, garante escalação. "Se eu não jogar, pode complicar minha situação na seleção brasileira", afirma o único corintiano convocado para os amistosos contra Coréia do Sul e Japão.

NA TV - ESPN/Brasil (menos para Curitiba), ao vivo, às 16h

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