São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Berger e Fisichella largam da 1ª fila em Hockenheim

Austríaco faz a pole na Alemanha após ficar de fora de 3 GPs

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de ficar três GPs ausentes devido a uma operação de sinusite, perder o pai em um acidente aéreo e anunciar que deixará a Benetton, admitindo até mesmo a possibilidade de se aposentar, Gerhard Berger resolveu andar forte, ontem, em Hockenheim.
E vai largar da pole, hoje, no GP da Alemanha, 10ª etapa do Mundial de F-1, que acontece a partir das 9h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV.
Berger marcou 1min41s873 a 15 minutos do final da sessão oficial. Desde o início, porém, liderou o treino, com um desempenho que há muito não demonstrava.
Foi a 12ª pole do austríaco, que não largava à frente desde o GP da Bélgica de 95 -há exatos 32 GPs.
A seu lado, na primeira fila, estará Giancarlo Fisichella, da Jordan, que registrou 1min41s896, fazendo jus a sua indicação para uma das vagas da Benetton em 98.
Mika Hakkinen, da McLaren, salvou a honra da Mercedes, anfitriã em Hockenheim, marcando o terceiro tempo, 1min42s034. Michael Schumacher, da Ferrari, se esforçou diante da barulhenta torcida alemã, mas não passou do quarto posto, com 1min42s181.
A primeira Williams aparece na terceira fila, com o também local Heinz-Harald Frentzen em quinto, quatro postos acima do companheiro Jacques Villeneuve, apenas o nono colocado.
Um resultado inesperado para a equipe de Frank Williams, nitidamente perdida no acerto de seus carros no circuito alemão, algo que mereceu comentário de Berger, pole com o mesmo motor Renault: a culpa? "Dos pilotos".
Ralf Schumacher, o terceiro alemão na categoria, que prometia após ter sido o mais rápido nos treinos livres de sexta, também decepcionou. Ficou apenas em sétimo, uma boa marca, mas muito inferior a apresentada pelo companheiro Fisichella, seu desafeto.
O italiano, após o treino, contemporizou a rivalidade, nutrida desde o GP da Argentina, quando Ralf lhe tocou em plena pista. "Somos amigos, agora, e estamos trabalhando juntos", declarou.
O dia, para os brasileiros, ficou dentro do esperado. Rubens Barrichello registrou o 12º tempo, o segundo entre os pilotos calçados com pneus Bridgestone -que, pelo menos em treino, não representou desafio aos Goodyear.
Com o carro reserva e penando com falta de potência dos motores Yamaha, Pedro Paulo Diniz foi o 16º. Tarso Marques fez o que seu Minardi deixou. Foi o 21º, à frente do companheiro Katayama.
(JHM)

Com agências internacionais
NA TV - Globo, ao vivo, 9h

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