São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997 |
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Soldado israelense mata palestino
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Um soldado de Israel matou ontem um palestino que atacou um outro soldado em local próximo a Elon Moreh, assentamento israelense do norte da Cisjordânia."Um soldado israelense ficou levemente ferido após ser esfaqueado por um palestino em Elon Moreh", disse um porta-voz do Exército de Israel. "Tropas que patrulhavam a área foram atacadas por um agressor palestino. Um dos soldados disparou sua arma em resposta", afirmou o porta-voz. Segundo palestinos que viram a identidade do homem morto, ele era Muadi Izzal Alaunueh, 18. Os incidentes entre palestinos e israelenses são frequentes na Cisjordânia e na faixa de Gaza, territórios conquistados por Israel em 1967 e, em grande parte, ainda dominados pelo Estado israelense. Segundo o acordo de paz assinado em 1993, algumas importantes cidades da Cisjordânia e grande parte de Gaza já foram entregues ao controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O processo de paz, porém, entrou em crise depois que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, sustentado por uma coalizão radical religiosa, assumiu o controle de Israel, na metade de 1996. Em março deste ano, as negociações foram completamente paralisadas e os choques entre palestinos e israelenses se intensificaram após o governo de Netanyahu iniciar a construção de colônia em Har Homa, periferia de Jerusalém oriental. Os palestinos pretendem instalar a capital de um eventual Estado seu nessa parte da cidade. Apesar do anúncio da retomada parcial das negociações de paz anteontem, o pessimismo continua a imperar nas relações entre árabes e israelenses. Ontem, após se reunir com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, o presidente sírio, Hafez al Assad, disse ser difícil "dizer que há esperança (para o processo de paz) em vista da atual situação". "Todos os dias temos uma nova prova de que não há esperança. Em vista do que vemos e escutamos, prevemos a manutenção do impasse até que surjam novas expectativas." Al Assad disse que Mubarak concordava com ele em todos os pontos discutidos em Damasco, a capital da Síria, onde os dois presidentes se reuniram. Mubarak afirmou que qualquer alternativa diferente da paz seria "perigosa" não só para os países envolvidos no processo de paz. O governo sírio suspendeu todos os contatos com Israel desde que o premiê Netanyahu assumiu o poder. Israel mantém o controle sobre as colinas do Golã, sudoeste da Síria, desde 1967. A base de sustentação parlamentar do governo de Israel luta para aprovar lei que dificulta a devolução. Texto Anterior: Falta verba ao Exército Próximo Texto: França vai mudar lei para asilo Índice |
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