São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Saiba mais sobre o coquetel
LUCIA MARTINS
A eficácia do coquetel mostrada nesses tratamentos foi considerada uma revolução nas terapias contra a Aids desde o surgimento da doença, no início dos anos 80. Antes do coquetel, os doentes eram tratados apenas com remédios que inibem a transcriptase reversa, uma enzima que atua na fase inicial da replicação do vírus HIV, como o AZT. Depois de alguns anos, o AZT perdeu a força contra o vírus e, no início da década, ele começou a ser combinado com outros inibidores de transcriptase (ddI, ddC etc). No início dos 90, começaram a ser testados os inibidores de protease -enzima que atua na fase final de multiplicação do vírus. Em 1995, o infectologista norte-americano David Ho começou a tratar pacientes com uma mistura dos dois tipos de inibidores. Essa mistura ficou conhecida como coquetel de drogas. Até que, no ano passado, Ho divulgou os resultados positivos do tratamento com o coquetel durante uma conferência no Canadá. Pela primeira vez, uma combinação de remédios foi capaz de reduzir até níveis imperceptíveis a quantidade de vírus na corrente sanguínea de um doente de Aids. Isso não significa cura porque há lugares do corpo onde o vírus pode se "esconder". (LM) Texto Anterior: Alto preço traz risco de faltar o coquetel Próximo Texto: Droga recupera anticorpo de criança Índice |
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