São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Aumento de população entre 91 e 96 é de 7%

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A população brasileira cresceu 7% entre o censo de 1991 e o de 1996, atingindo um total de 157.079.573 habitantes na última contagem, contra 146.825.475 na anterior. A taxa de crescimento anual de 1,38% registrada no período é a menor desde o censo de 1872, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.
Os dados da contagem geral da população brasileira mostram que uma combinação da queda da taxa de fecundidade e da taxa de mortalidade está fazendo com que a população brasileira fique cada vez mais velha e cresça menos.
A parcela de jovens de 0 a 14 anos caiu de 34,73% em 91 para 31,62% em 96, enquanto a população de idosos com mais de 65 anos cresceu de 4,83% para 5,37% no mesmo período. O contingente com idade entre 15 e 64 anos (idade potencialmente ativa) aumentou de 60,45% para 63,01%.
A taxa de fecundidade (número de filhos por mulher de 15 a 49 anos) foi de 2,32 em 1996, a menor de que se tem conhecimento.
No século 19 ela era estimada em mais de 7 filhos e, em 1960, estava em 6,2. Em 1991, ela já havia caído para 2,9. A taxa de mortalidade infantil (número de mortes de crianças com menos de um ano para cada mil nascimentos) em 1996 estava em 41,3.
As estimativas feitas pelos técnicos do IBGE indicam que no ano 2000 a taxa de fecundidade estará em 2,2, e a de mortalidade, em 37,4. O crescimento populacional terá caído para 1,33% ao ano. O Brasil terá 166.112.518 habitantes.
Em 2020, a fecundidade cairá para 2,06 filhos por mulher, a mortalidade terá descido para 17,6 óbitos por mil e a população estará crescendo a apenas 1% ao ano, tendo chegado a 207.696.505 habitantes.
O ministro do Planejamento, Antonio Kandir, disse que o Brasil atingirá este patamar no ano 2030.
No período entre 1980 e 1991 a taxa de crescimento populacional já estava reduzida a 1,93%.
Os números do censo de 96 mostram que a região Sudeste continua concentrando o maior contingente da população brasileira, com 57% do total. Os dois Estados mais populosos do país (São Paulo e Minas Gerais) são da região.
Mas o Sudeste tem apenas a terceira maior taxa de crescimento populacional (1,35% ao ano) entre as regiões do país, perdendo para o Norte (2,44%) e o Centro-Oeste (2,22%).
Em quarto lugar vem a região Sul, com 1,24% e, pela primeira vez na história, a população do Nordeste foi a que menos cresceu, 1,06% ao ano de 91 a 96.

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