São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Prefeitura tira verba do meio ambiente

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em nome da redução de despesas para sanear a crise financeira do município, a prefeitura paralisa obras e corta recursos de todos os setores da administração.
A mais nova vítima do enxugamento de gastos e investimentos é a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Foi engavetado o projeto do secretário Werner Zulauf que previa a implantação de 23 parques na periferia de São Paulo até o final da gestão de Celso Pitta.
Com isso, a prefeitura terá mais R$ 118,3 milhões -dinheiro que estava reservado para a primeira etapa do projeto, a ser iniciada neste mês- para saldar suas dívidas e reequilibrar o caixa.
Está adiado por prazo indeterminado o início das obras de oito parques que fariam parte da fase inicial do projeto. A idéia original, segundo Zulauf, era aumentar em até 74% a área verde no município.
O índice de áreas verdes por habitante em São Paulo é muito baixo para os padrões internacionais. São 5,8 metros por habitante, enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda 12 metros.
Os parques seriam construídos basicamente em regiões periféricas da cidade, com baixo índice de áreas verdes. Dos 23 parques previstos, oito já têm projetos prontos e seriam iniciados este mês -com o término das obras calculado para dezembro de 98.
Cinco parques seriam construídos na região leste (um em Itaquera, dois em Guaianazes e dois em São Miguel). Outros dois na região sul (Santo Amaro e Capela do Socorro) e um na norte (Vila Maria).
Em época de contenção, a única novidade da prefeitura é a troca do patrocinador dos protetores de árvores da avenida 23 de Maio (zona sul), a partir de hoje.
(MRH)

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