São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Inadimplência está estável, diz banco

Pontual analisa números da ACSP

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Pontual acaba de fazer um levantamento sobre o tamanho da inadimplência em São Paulo no qual constata estabilização -um índice em torno de 8%- desde julho de 96 e tendência de queda daqui para a frente.
O banco levou em conta o saldo entre o número de carnês em atraso e o quitado registrado mensalmente pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), além do volume de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador da procura pelo crediário.
Os dados foram dessazonalizados, ou seja, foram ponderados os movimentos atípicos de alta no consumo, como no caso das datas comemorativas.
"Trabalhamos esses números e, levando-se em conta a média dos últimos 12 meses, verificamos que o índice de inadimplência está praticamente estabilizado", diz Carlos Guzzo, superintendente de estudos econômicos do Pontual.
Na sua análise, esse índice que mede a inadimplência continua o dobro da média histórica -de 4%-, mas já esteve mais alto. Pelos seus dados, em janeiro do ano passado, por exemplo, o percentual registrado foi de 12,3%.
Para Guzzo, a inadimplência deve diminuir a partir deste mês, chegando a um percentual próximo de 7,6% em dezembro. "A venda a prazo está mais fraca. Além disso, a expectativa é de o consumidor pagar as dívidas para voltar a fazer compras para o Natal."
O fato de os salários não subirem mais do que 7% ao ano, na sua análise, é um fator inibidor do consumo e, consequentemente, da inadimplência.
Emílio Alfieri, economista da ACSP, diz que a entidade trabalha com números absolutos e por essa razão o número de carnês em atraso, acima de 30 dias, registrado em julho -314.670- foi recorde.
"A inadimplência não está tão dramática, apesar de o número de carnês em atraso ter sido recorde". É que o número de consultas ao SPC quase dobrou em dois anos.

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