São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997 |
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Qualidade de imagem surpreende
LUIZ EDUARDO ACHUTTI
O objetivo era testar as possibilidades e a qualidade em pixels (pontos) de uma pequena câmera digital na perspectiva de sua futura utilização profissional. As fotografias obtidas com a câmera Olympus D-300 L, de US$ 900 (nos EUA), e copiadas em uma impressora de R$ 560 (no Brasil), pareceram-me surpreendentes. A D-300 L tem boa profundidade de campo (quantidade de planos em foco) e oferece detalhes desde muito perto (primeiro plano) até o infinito. Dispõe de um pequeno flash embutido, ideal para suavizar o contraste de uma fotografia feita sob a luz do sol. Ele quebra um pouco as sombras profundas. No que diz respeito à definição das imagens, em modo de alta qualidade é possível obter fotos muito boas, mesmo ampliadas no tamanho de 20 X 15 cm. Dotada de boa capacidade de compactação, a D-300 L armazena até 30 fotos em modo de alta qualidade e 120 fotos em modo padrão, que permite pouca ampliação. Agilidade O teste comprovou que a câmera digital dá agilidade à foto jornalística e autonomia aos fotógrafos amadores, além de quebrar preconceitos e enriquecer a própria linguagem fotográfica. Enquanto a fotografia digital estiver agilizando o trabalho jornalístico e povoando a Internet, de imagens, de forma instantânea, nós, fotógrafos, estaremos ganhando tempo para, como artesãos, seguir compondo em preto-e-branco um vasto documento sobre a vida do homem. Luiz Eduardo Robinson Achutti é fotógrafo, professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) e mestre em antropologia social pela UFRGS. Texto Anterior: Empresa já nasceu irregular Próximo Texto: Ricoh não tem flash Índice |
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