São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Tiroteio foi visto por 30 pessoas

DA REPORTAGEM LOCAL

No momento do tiroteio entre os assaltantes e o policial aposentado, havia pelo menos 30 pessoas em frente ao supermercado e no ponto de ônibus ao lado.
Uma das balas disparadas no tiroteio estraçalhou um vidro da fachada do supermercado Pão de Açúcar. Mesmo assim, o supermercado continuou funcionando normalmente.
"Os clientes ficaram desesperados na hora do tiroteio. Muitos deles se jogaram no chão com medo das balas", afirmou a caixa Shirley Azevedo, 23.
A estudante Karina havia ido ao supermercado comprar um lanche para levar à escola, de acordo com sua mãe, a cabeleireira Vera Regina Pereira do Carmo, 42.
Karina mora a apenas um quarteirão do supermercado onde ocorreu o tiroteio. "É incrível que tenha acontecido isso com a minha filha tão perto de casa. Um dos motivos de morarmos aqui é a segurança do bairro", afirmou Vera Regina.
Karina completava 17 anos ontem, um dia depois de ter sido atingida. "Ela estava empolgada com o aniversário e agora vai passar o dia no hospital. É muito triste esta violência."
A estudante cursa o segundo colegial na escola Adolfo Gordo, no mesmo bairro onde mora.
Vera Regina disse que ficou revoltada com a falta de solidariedade. "Minha filha estava baleada, mas ninguém quis socorrê-la. Ela só foi levada ao hospital depois da chegada do resgate."

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