São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Novas gafes de Motta provocam risadas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, evitou ontem responder a perguntas sobre política, o que não impediu algumas gafes.
Numa delas, o ministro brincou quando Joseph Safra, presidente do grupo Safra, entregava a assessores do ministério o cheque de R$ 1,059 bilhão, como pagamento de 40% da concessão da banda B (telefonia celular privada) na Grande São Paulo.
"O dr. Luiz Carlos (Mendonça de Barros, presidente do BNDES), que é do mercado e conhece bem, falou: pega logo o cheque do Safra e passa, me entrega", disse Motta.
Parte das pessoas presentes no auditório do Ministério das Comunicações riu da brincadeira.
Motta também se referiu à África de forma nada diplomática. "Só não admito que o pessoal de fora ache que isso (o Brasil) é África. Isso acabou, aqui é um país em plena consolidação de um país moderno", afirmou.
O ministro falava sobre a tentativa do consórcio Telet de participar da abertura das propostas da banda B por intermédio da Justiça.
Até o ex-presidente Juscelino Kubitschek acabou vítima de uma gafe. "Quem criou isto aqui (Brasília) estava com má intenção", disse Motta sobre a secura da capital nesta época do ano.
Motta ainda trocou a função do presidente do BNDES, que o acompanhava, a quem chamou de presidente do Banco Central. As divergências do ministro com o futuro presidente do BC, Gustavo Franco, são públicas.
Sobre a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Motta disse: "A Anatel entra agora num processo de negociação política que cabe ao presidente fazer".
Ele e FHC haviam afirmado em outras ocasiões que a agência não passaria por negociações políticas.

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