São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Frases e valores do Barcelona ofendem manager de Denílson

DA REPORTAGEM LOCAL

A venda de Denílson para o Barcelona se complicou de vez.
Seu procurador, Luiz Vianna, se reuniu ontem por três horas com Juan Figer, que representa o clube catalão, e o presidente do São Paulo, Fernando Casal de Rey.
Mas Vianna saiu da reunião antes, reclamando da nova proposta do Barcelona e das declarações de Juan Gaspart, vice-presidente do time espanhol, que estava nas negociações e foi substituído pelo presidente, José Luis Núñez.
"Eles pediram para reduzir até o preço que o São Paulo havia pedido (US$ 22,5 milhões mais o passe de Giovanni)", disse Vianna.
O Barcelona propôs ontem um novo acerto com Denílson: US$ 12 milhões que serão em 10 anos, ou seja, um salário anual de, em média, US$ 1,2 milhão. No primeiro ano, Denílson receberia US$ 1 milhão, com reajuste anual de 5%.
Ao São Paulo, o clube catalão diminuiu a oferta de US$ 22,5 milhões para US$ 20 milhões mais o passe de Giovanni.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, ontem, o vice-presidente do clube catalão, Juan Gaspart, afirmou que apesar de o Barcelona ser um clube rico, "não é tonto" e que no "Brasil todos querem ter uma vantagem financeira".
A declaração não foi bem recebida por Vianna, que afirmou que o negócio está encerrado.
"Agora, nem que eles ofereçam um caminhão de dinheiro. Ele (Gaspart) disse que estão querendo tirar vantagem, mas não deu nome aos bois. Ele não tem vergonha na cara e eu só negocio se ele se retratar publicamente."
A transação entre os clubes havia sido acertada na sexta-feira. Mas, nesta semana, a multinacional Nike, que patrocina Denílson e vestirá o Barcelona em 98, entrou no negócio, pressionando para que o clube volte atrás. O São Paulo, agora, deve voltar a analisar a proposta do Betis, da Espanha.

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