São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Príncipe contradiz premiê após reunião
CLÓVIS ROSSI
Um jornalista perguntou como Netanyahu encarava o pedido norte-americano para que fosse pelo menos abrandada a sanção econômica aos palestinos, como a retenção dos impostos que Israel coleta para repassar à Autoridade Nacional Palestina. Netanyahu respondeu que questão parecida poderia ser feita aos Estados Unidos, que impõem sanções a países tidos como patrocinadores do terrorismo, como Líbia, Iraque e Irã. "Mas ninguém pensa ou sonha em perguntar tal coisa aos americanos ou à comunidade internacional porque se entende que o primeiro mandamento de nações que querem paz é lutar contra o terrorismo", disse o primeiro-ministro. O príncipe Hassan devolveu, na sua vez de responder: "Com todo o respeito pelo primeiro-ministro, a política norte-americana para a Líbia não é diretamente relevante para as relações Israel-palestinos. Os Estados Unidos não convivem com o povo líbio". Ênfases opostas O pequeno incidente é ilustrativo das divergências entre os dois interlocutores de ontem. Netanyahu pôs toda a ênfase na necessidade de as autoridades palestinas combaterem duramente o terrorismo: "O passo indispensável para salvar a paz é a Autoridade Nacional Palestina tomar medidas firmes, decididas, abrangentes e imediatas contra a infra-estrutura das organizações terroristas", afirmou. O príncipe da Jordânia (um dos vizinhos árabes que já firmaram a paz com Israel, ao lado do Egito) deslocou a ênfase para a retomada do processo de paz e disse que, "na ausência de progressos no processo de paz, claramente as possibilidades de extremismo são muitas". Coerente com essa avaliação, Hassan disse que "trazer o processo de paz de volta aos trilhos será a principal tarefa nos próximos meses". (CR) Texto Anterior: EUA pressionam as duas partes Próximo Texto: Banzer assume governo da Bolívia e promete justiça social Índice |
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