São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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PF e IC divergem sobre tipo de bomba

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma divergência pericial pode trazer novidades às investigações sobre a explosão no Fokker-100 da TAM, no dia 9 de julho.
Tanto para o IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil, que concluiu suas análises cerca de duas semanas após o acidente, quanto para a Polícia Federal, que ainda não terminou seus estudos, uma única questão está certa: foi realmente uma bomba, o que explodiu no interior do avião.
A divergência persiste no tipo de explosivo e como ele foi acionado.
Para o IC -que analisou apenas as roupas do engenheiro Fernando Caldeira de Moura, pequenos pedaços do avião recolhidos pela polícia de Suzano e retalhos de uma poltrona-, o acidente foi provocado por um artefato de nitrato de amônia acionado por um detonador de stifinato de chumbo.
A PF, que trabalha em conjunto com o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) da Aeronáutica, teve acesso a todo o avião e ao apartamento do principal suspeito, Leonardo Teodoro de Castro.
Ontem, um agente federal, que pediu para não ser identificado e fez questão de não criticar o trabalho do IC, afirmou que é muito possível que as conclusões dos dois órgãos sejam diferentes.
O policial lançou dúvidas, principalmente, a respeito do tipo de detonador. Pois nada parecido com o stifinato de chumbo foi encontrado até o momento.

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