São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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Educador trabalha com presos
FERNANDO ROSSETTI
Novas informações para compreender esse fenômeno -e propostas para enfrentá-lo- são apresentadas na dissertação de mestrado "Educação por Trás das Grades: Uma Contribuição ao Trabalho Educativo, ao Preso e à Sociedade", de José Ribeiro Leite. Dividida em quatro capítulos, a tese é organizada de acordo com a experiência do autor na área. Assim, Leite começa narrando os seus próprios preconceitos antes de entrar no sistema carcerário. Superado o medo -provocado por uma "visão maniqueísta" da realidade-, o autor se depara com uma das limitações que mais se destacam em toda a dissertação: a falta de materiais educativos e de relatos de experiências na área. O máximo que se consegue é fazer um perfil da população carcerária (capítulo 2) e dos problemas que ela enfrenta, a partir do Censo Penitenciário de 1994. Para preencher essa lacuna de falta de materiais e experiências educativas voltadas para presos, Leite analisa a sua prática como professor de 1º grau na Casa de Detenção de Marília (capítulo 3). Ele ressalta a necessidade de "uma prática educativa humana e libertadora, capaz de transformar as condições de vida e trabalho dentro do sistema carcerário, contribuindo para que este seja, de fato, favorável à reinserção social". No último capítulo, o autor transcreve as falas dos detentos em torno de diversas questões -o que fornece pistas de como desenvolver currículos e metodologias de ensino adequados a essa população. (FR) Texto Anterior: A avaliação em Minas Próximo Texto: Estado e prefeitura 'derrubaram' ponte Índice |
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