São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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Ânderson ganha jogo e a preferência
ARNALDO RIBEIRO
Nesse pouco tempo, com muita rapidez e movimentação, ele criou a jogada que originou o pênalti convertido por Ronaldinho e marcou, nos descontos, o gol da vitória de 2 a 1 do Brasil, de virada, sobre a Coréia do Sul, ontem, em Seul. A boa exibição do jogador, que estreava na seleção, fez com que o técnico Zagallo confirmasse sua escalação como titular na partida de quarta-feira, contra o Japão. Além da simpatia do treinador, Ânderson ganhou a preferência dos demais jogadores. O atacante Ronaldinho já trata o colega como o "parceiro ideal". "O Dodô é muito técnico, mas joga mais no meio-campo. o Ânderson joga como eu. Ocupa os espaços. Busca a bola na área. Divide a atenção da defesa adversária. Gostei muito do estilo dele", disse. Para Ronaldinho, Ânderson, seu sucessor no Barcelona, "tem tudo para dar certo" na Espanha. Segundo o técnico Zagallo, sua intenção inicial era colocar Ânderson apenas no jogo contra o Japão. Mas como Dodô estava apagado no jogo e o Brasil perdia, Zagallo resolveu antecipar a estréia do jogador que construiu sua fama no futebol francês. "As circunstâncias me obrigaram a colocá-lo." Simplicidade e assédio "Não imaginei que viraria o jogo. Quando você entra faltando 15 minutos, só pensa em ajudar e não fazer gols", disse Ânderson. "Procurei não pensar que era o meu primeiro jogo pela seleção e jogar normalmente", acrescentou. Os 17 minutos de fama contra a Coréia podem render a Ânderson um novo contrato. Representantes da Nike, patrocinadora da seleção, o assediaram após o jogo. LEIA MAIS sobre a vitória da seleção brasileira na pág. 4-3 Próximo Texto: A bola sonolenta e as lições para Zagallo Índice |
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