São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997 |
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Bancário desiste de enfrentar Vicentinho
SÉRGIO LÍRIO
Depois de uma nova reunião da tendência, ontem, os bancários praticamente descartaram a formação de uma chapa própria para concorrer à presidência da central. "Estamos trabalhando para evitar o racha na Articulação", disse Ricardo Berzoini, do Sindicato dos Bancários de São Paulo. No entanto, eles ainda discutem se irão ou não indicar nomes para a chapa encabeçada por Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho. Para participar, eles exigem mudanças na estrutura de decisão da CUT e na composição da diretoria. "Nós estamos sugerindo que as decisões na CUT passem por um debate mais amplo. Elas não podem ser tomadas por um grupo ou por uma única pessoa", afirma Berzoini. Segundo ele, se as discussões não avançarem, a opção dos bancários será votar na chapa da Articulação, mas fazer oposição a Vicentinho no próximo mandato. A eleição da nova diretoria, para um mandato de três anos, acontece no domingo, último dia do 6º congresso da CUT, que começou ontem, em São Paulo. A decisão de não lançar uma chapa acaba com a possibilidade de Vicentinho ser reeleito sem o voto da maioria dos delegados do congresso, o que seria um fato inédito na história da central. Caso consiga apenas os votos -e não o apoio formal dos bancários-, Vicentinho garantirá 53% dos votos dos delegados. O esforço para colocar Vicentinho e os bancários do mesmo lado tem partido de todos os lados. Os bancários diminuíram as críticas a Vicentinho, a quem definiam como centralizador. Por outro lado, o próprio Vicentinho, segundo a Folha apurou, teria admitido ter errado em alguns episódios, como a convocação da greve geral deste ano. Texto Anterior: Venda de carro importado cresce 2,7%; Sadia fecha semestre com lucro de R$ 40,5 mi; Atraso em alta de tarifa reduz lucro da Cemig Próximo Texto: Entenda a CUT Índice |
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