São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Pepebista promete apoio para 2000
OTÁVIO DIAS
"Você vai ter seis anos: dois e depois mais quatro", disse Maluf ao prefeito de Itapuí, Abib Azar, do PPB, mesmo partido de Maluf. Os atuais prefeitos conviverão durante dois anos com o governador que for eleito em 98. "Se vocês me derem votos, eu garanto." Desde anteontem, o ex-prefeito cumpre roteiro de visitas a 19 cidades do Estado de São Paulo. Ontem, ele esteve em municípios na região de Ibitinga (348 km a oeste de São Paulo). Embora Maluf negue já ter feito uma opção de ser candidato ou a presidente da República ou a governador do Estado, ele foi recebido em todas as cidades como candidato à sucessão do governador Mário Covas (PSDB). Mesmo em municípios onde o prefeito não é do PPB, Maluf pediu apoio. "Eu também sou do PMDB", disse ao prefeito de Bariri, José Cláudio dos Santos (PMDB). "Desde criança, minha mãe se referia a mim como PMDB: Paulo Maluf Dirigirá o Brasil." Segundo Maluf, a sigla PSDB também lhe cai bem. "PSDB é Paulo Salim Dirigirá o Brasil". Em Pederneiras, foi a vez de tentar atrair o prefeito tucano, Rubens Emil Cury. Maluf citou pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele estaria em primeiro lugar na disputa para o governo, com 44% das intenções de voto. Covas ficaria em último, com 11%. "A situação é essa", disse a Cury, referindo-se à pesquisa. "Estamos todos no partido chamado Brasil. O interesse do município está acima do dos partidos." O prefeito tucano não se convenceu. Assim que Maluf deixou o gabinete, ele declarou à Folha: "Foi uma visita de cortesia. Mas sou do PSDB e apóio Covas". Em Boracéia, onde o prefeito, Dirceu Antonio Massucato, é do PFL, Maluf teve mais sucesso. "Nunca vai faltar tinta na minha caneta para autorizar verbas para Boracéia. Quando o Dirceu for me visitar no palácio, vai voltar com um cheque na mão", disse. Massucato riu e aplaudiu. "A única coisa que eu estou prometendo a eles é ajudar a cidade", afirmou Maluf à Folha. Em todos os seus discursos, ele criticou os governos federal e estadual pela municipalização de serviços como a saúde e a educação. "Da forma como é feita, a municipalização é uma palavra mágica para roubar o município. O governo empurra os encargos para os prefeitos, mas não repassa verba", disse. "Para Covas, municipalização é sinônimo de calote." Texto Anterior: Maluf nega direitos humanos a bandido Próximo Texto: Reação publicitária Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |