São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997
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Governistas ameaçam apoiar projeto do Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A discussão da lei eleitoral para o próximo ano chegou a um impasse na base governista. O líder do PSDB, deputado Aécio Neves (MG), disse ontem que vai apoiar o projeto apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), caso os governistas não se entendam na Câmara. "Se não houver acordo, vamos estimular o avanço do projeto no Senado", afirmou Aécio.
"Ele (Aécio) que tente obstruir (estratégia para evitar a votação de um projeto). Se conseguir, não se vota o projeto", reagiu o líder do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA).
Na próxima terça, os líderes governistas devem se reunir com o relator, Carlos Apolinário (PMDB-SP), em busca de acordo.
"Eu não vou a reunião com o Aécio. Ele que se imponha ao Geddel e ao Inocêncio (deputado Inocêncio Oliveira, líder do PFL)", disse Apolinário, que quer uma reunião mais ampla, com a participação dos líderes da oposição.
O impasse poderá inviabilizar a aprovação da lei eleitoral até outubro, prazo para que as regras possam valer para as eleições do ano que vem.
A principal polêmica do projeto é o critério para distribuição do horário gratuito pelos partidos. PMDB e PPB querem que seja considerado o número de deputados na data da posse -2 de fevereiro de 95. O PSDB e o PFL defendem a data de 3 de outubro próximo.

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