São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997 |
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Avião explode e mata pelo menos 2 em SC
FÁBIO ZANINI
A aeronave, prefixo PT-LML, de propriedade da Riana Táxi Aéreo, havia decolado cerca de 15 minutos antes do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), com destino ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro. O avião caiu, em chamas, na zona rural de Cocal do Sul (215 km de Florianópolis-SC), a cerca de 3 km do centro da cidade. Uma das partes da fuselagem caiu a alguns metros do quintal de uma casa, mas não feriu ninguém. Até as 22h de ontem, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar de Criciúma haviam retirado dois corpos carbonizados dos destroços. A equipe de resgate ainda procurava por outros possíveis mortos, mas o encontro de novos corpos era considerado improvável. Apenas um dos mortos havia sido identificado até o final da noite de ontem: é Fabiano José Gonçalves, que seria o piloto do avião. O outro morto seria o co-piloto. Segundo informações do DAC (Departamento de Aviação Civil) de Florianópolis (SC), o avião estava voltando para o Rio, de onde havia partido à tarde, levando um grupo de passageiros para Porto Alegre. A aeronave tinha capacidade para seis pessoas. Na volta, o avião levava malotes com dinheiro e documentos de propriedade do Banco do Brasil, ainda segundo o DAC. A PM local diz não ter encontrado os malotes. Segundo o relato de testemunhas, o avião teria se partido ainda no ar. "Ouvimos um estrondo fortíssimo, parecido com uma bomba. Em seguida, percebi um clarão no céu. Havia duas bolas de fogo caindo separadamente", disse o cabo Adílson Francisco, da Polícia Rodoviária Estadual, que estava a cerca de 2 km do local. O Corpo de Bombeiros foi acionado por moradores de Cocal do Sul que também presenciaram a queda. Quando os bombeiros chegaram ao local, cerca de cinco minutos após a explosão, ainda havia fogo em pedaços da fuselagem. Os corpos, totalmente carbonizados, estavam próximos à cabine da aeronave. O trabalho de rescaldo demorou cerca de uma hora. Peritos do DAC e do 5º Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, sediado em Canoas (RS), seguiram ontem à noite para o local para iniciar os trabalhos de perícia. A princípio, os peritos estão considerando todas as hipóteses, inclusive a de um atentado a bomba. A Riana Táxi Aéreo também era proprietária do Cessna que caiu na baía de Guanabara, no Rio, em 3 de julho, ao tentar decolar do aeroporto Santos Dumont com Hans Donner e sua mulher, Valéria Valenssa, que não se feriram. Texto Anterior: Italianos são presos com cocaína em Salvador Próximo Texto: Ladrão ignora obras valiosas e leva computador de pinacoteca Índice |
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