São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Escolas querem ter nome de Kuerten

Projeto visa incentivar categorias de base no país

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A LONG ISLAND (EUA)

Um grupo de empresários paulistas está negociando com a assessoria de Gustavo Kuerten um projeto para abrir escolinhas de tênis no Brasil com o nome do jogador.
Um dos objetivos é iniciar um trabalho de base que comece a levantar o esporte no país.
Uma das escolinhas seria em São Paulo, a outra, em Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo), e uma terceira, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, onde nasceu o tenista.
Kuerten só deve dar uma resposta definitiva após defender o Brasil na Copa Davis, de 19 a 21 de setembro, em Florianópolis.
A equipe brasileira enfrentará a Nova Zelândia, tentando permanecer no Grupo Mundial da competição.
Antes disto, disputará o Aberto dos EUA, em Nova York, o último torneio neste ano do Grand Slam -as quatro competições mais importantes do calendário do tênis-, que terá início na próxima segunda-feira, dia 25.
Como forma de preparação para o Aberto, estrearia ontem à noite no Torneio de Long Island, contra Marcelo Filippini, do Uruguai.
Apesar de não ter tempo para se dedicar às escolinhas, montar uma estrutura profissional para crianças interessadas em praticar o esporte seduz o tenista.
"A garotada precisa de apoio, é necessário uma estrutura mais profissional", comentou. "Eu nunca tive ajuda, sempre contei com o Larri Passos (técnico) e só. Mais tarde, mesmo que não tivéssemos tanto contato, o Fernando (Meligeni) me deu uma mão."
Mesmo com pouquíssimo tempo, Kuerten diz que, dentro do possível, tem tentado aconselhar outras promessas do tênis brasileiro, como Márcio Carlsson, Marcelo Carvalho e Erik Gomes.
A crítica
Larri Passos, treinador de Kuerten, defende maior participação da iniciativa privada em projetos que possam revelar mais atletas no futuro. "É um trabalho que exige muita dedicação, e o resultado demora a aparecer. Com o Guga, foram 13 anos de labuta."
O técnico insinuou que falta profissionalismo aos dirigentes brasileiros, lembrando os problemas de pagamento que os atletas tiveram na Copa Davis.
"Os jogadores não podem se concentrar no jogo, têm de ficar preocupados com problemas extraquadra", afirmou.

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