São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Acordo Bolívia-Cuba fez 'Che' ser achado

Clarín
de Buenos Aires

DO "CLARÍN"

O jornal argentino afirma que um acordo secreto entre Bolívia e Cuba permitiu que a ossada do líder guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara tenha sido achada e enviada a Havana, neste ano.
Segundo a edição de domingo do jornal, o governo do então presidente Gonzalo Sánchez de Lozada gastou US$ 4 milhões na busca pela ossada. "Che" Guevara, que era argentino e liderou a revolução que implantou o comunismo em Cuba, foi morto na região central do país em outubro de 1967.
O "Clarín" disse que Sánchez viu na operação uma chance de encerrar "com glória" o seu governo e manter a possibilidade de disputar um novo mandato em 2002. Para o líder cubano, Fidel Castro, seria uma oportunidade de fazer propaganda da revolução, principalmente entre os jovens de seu país.
Mauricio Balcázar, porta-voz de Sánchez, negou que tenha havido um acordo secreto. Segundo ele, a operação se deveu a "um sentimento humanitário com a família dele e para fechar um capítulo sangrento da história".
O novo governo boliviano, liderado pelo ex-ditador Hugo Banzer, anunciou que vai investigar o suposto acordo. "Esse gasto (os US$ 4 milhões supostamente empregados) é muito alto para um país como a Bolívia".
Segundo o diário, o acordo foi intermediado pelo embaixador boliviano em Havana, Franklin Anaya, e pelo irmão de Fidel Castro, Raúl, também um líder revolucionário. Eles teriam fixado 6 de agosto (fim do mandato de Sánchez) como prazo para o sucesso da operação.

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