São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997 |
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Tá explicado; Manobra marcada; Aliança ao infinito; Ah, bom; Entrando na política; Porteira aberta; Orelha quente; Já começou; Jeitinho federal; SFH do B; Dois pesos e um mico; Intriga palaciana; É cana; Chumbo grosso; O perigo mora ao lado; Fogueira de vaidades Tá explicado O que FHC mais quer tirar da lei eleitoral são as inserções na TV ao longo do dia. Razão oficial: seriam superficiais. Razão real: todo mundo vê. O governo quer o mínimo de campanha. Aprendeu com o estrago dos comerciais contra a venda da Vale. Manobra marcada A intenção do Planalto é mudar o regimento da Câmara após votar a lei eleitoral. Quer mexer na regra de DVS (destaque de votação em separado), o que facilitaria a aprovação de emendas constitucionais. Inocêncio (PFL) tem o projeto pronto. Aliança ao infinito "Não é do meu feitio agravar as dificuldades", frase de FHC anteontem, entendida pelos pepebistas que encontraram o presidente como sinal de acordo com Maluf na eleição paulista. Parece que Covas brigará só. Ah, bom José Janene (PPB-PR) passou a semana desestimulando deputados a irem ao coquetel com FHC anteontem. Quando um colega o viu no Alvorada, ele se saiu com esta: "Queria menos gente para poder ter mais tempo para conversar com o presidente". Entrando na política Gustavo Franco (BC) vai à reunião da próxima terça no apartamento de José Aníbal, em Brasília. O tucano tem reunido parlamentares do PSDB para discutir política com personalidades. Porteira aberta Há mais banqueiros falidos pensando em seguir a trilha de Andrade Vieira e tentar desbloquear os bens na Justiça. Orelha quente Arlindo Porto (Agricultura) limitou a R$ 250 a conta dos telefones celulares do ministério a ser paga pela União. O que exceder, paga o funcionário. Exceção: seu próprio aparelho. Já começou Alguns caciques do PSDB vão perguntar hoje a FHC, com quem devem almoçar, quando é que termina a fase das reformas e começa a campanha eleitoral. Estão dormindo no ponto. Jeitinho federal A Comissão Diretora do Senado, presidido por ACM, estabeleceu que só podem receber auxílio-moradia os parlamentares que não obtiverem um imóvel funcional. Há 13 apartamentos desocupados. E 14 senadores ganhando o auxílio de R$ 3,8 mil. SFH do B Circula no Senado que um bom negócio que os parlamentares têm feito é gastar uma parte do auxílio-moradia para alugar um flat. E, com a outra parcela, comprar um imóvel na planta. Dois pesos e um mico O Planalto não viu razão para intervir em Alagoas, mas, alegando um clima de calamidade pública e de comoção interna, autorizou, na última sexta, crédito extraordinário de R$ 61 mi para a compra de ações da companhia elétrica do Estado. Intriga palaciana Voltou a circular que Sergio Amaral assumirá posto diplomático na União Européia e que o reserva do porta-voz, George Lamazière, viraria titular. É cana O Ministério Público paulista quer anular na Justiça o decreto de Covas (PSDB) que autoriza produtores de álcool a queimar a palha da cana-de-açúcar. Chumbo grosso O presidente do Banco Pactual, Luiz Cezar Fernandes, guarda há dois anos material curioso sobre as razões do buraco financeiro da Encol. Fernandes foi um dos que tentou, sem sucesso, reestruturar a empresa. O perigo mora ao lado Em seu discurso de posse no Banco Central, Gustavo Franco enfatizou que a época dos confiscos passou. Sentado a seu lado, Kandir (Planejamento) fez de conta que não era com ele. Fogueira de vaidades José Roberto Arruda (DF) diz que o projeto de renda mínima a ser votado no Senado é o seu, e não o de Marchezan (RS), aprovado na Câmara. Suplicy (SP), que tem proposta parecida, quer a retirada do regime de urgência. E-mail: painel@uol.com.br TIROTEIO De Ricardo Gomyde (PC do B-PR), sobre os governistas adiarem a votação do requerimento de urgência na Câmara para instalar a CPI do Futebol: - A oposição ficou com as propostas do ministro Pelé, mas o governo se uniu aos gângsteres do futebol. Próximo Texto: Trovão paranaense Índice |
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