São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997 |
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Grupo de Lula tenta anular trotskistas Idéia pode ser debatida em convenção CARLOS EDUARDO ALVES
Uma das teses inscritas para a convenção nacional do PT, e assinada basicamente por integrantes do grupo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva e José Dirceu, propõe mudanças que, na prática, podem forçar a saída da legenda de grupos como "Democracia Socialista" e "O Trabalho". A tese, assinada entre outros por Gilberto Carvalho (um dos homens de confiança de Lula), diz, entre outros pontos, que "não se admitirá tendência com vinculação internacional" e, ainda, "nenhuma tendência poderá manter sede nem publicações regulares". Os dois grupos trotskistas têm ligações internacionais e mantêm sede e publicações próprias. Joaquim Soriano, secretário-geral do PT e um dos líderes da "Democracia Socialista", enviou texto ao presidente do PT, José Dirceu, questionando a tese que tem Carvalho como um dos signatários. "O regimento do partido é claro quando diz que qualquer modificação só pode ser feita com ampla consulta prévia a todos os diretórios e núcleos do partido, o que não ocorreu", afirmou Soriano. Para o dirigente, a alteração proposta pelo atual grupo majoritário pode até ser discutida na convenção marcada para o final do mês, no Rio, mas jamais pode sair dali uma decisão. Carvalho insistiu em que a convenção vote a tese. "Nós queremos deliberar, mas eles também têm o direito de não concordar', disse. Ex-secretário-geral do PT, Carvalho acrescentou que a tese de seu grupo tenta estabelecer relações civilizadas entre as tendências petistas. "Ou repensamos o relacionamento interno ou o partido não tem mais jeito", declarou. O grupo de Lula e Dirceu também propôs, na tese, que um congresso petista seja convocado para o início de 98, a fim de discutir tática eleitoral, alianças e programa de governo. Texto Anterior: Procuradoria investiga conexão Próximo Texto: Giannotti ameaça deixar conselho Índice |
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