São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997
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Técnico vê EUA como 'figura estranha'

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A participação dos EUA causa estranheza no técnico da seleção brasileira, Hélio Rubens.
Na condição de atuais campeões mundiais e olímpicos, os norte-americanos têm vaga assegurada para o Mundial de 98.
Na Copa América, os EUA estarão representados por uma equipe da CBA (Continental Basketball Association), espécie de segunda divisão da NBA.
Se ficarem entre os quatro primeiros, o quinto e sexto colocados disputam a vaga.
"Eu acho que eles enriquecem o torneio. Só que é um pouco estranho essa participação numa seletiva. Vejo que eles nem precisariam estar na Copa América", diz Hélio Rubens.
Para ele, os EUA mandaram uma seleção para "reafirmar sua superioridade e também aumentar o interesse pelo basquete que se joga nos país."
A seguir, os principais trechos da entrevista que concedeu à Folha.

*
Folha - Que avaliação o senhor faz do estágio atual da equipe?
Hélio Rubens - Sabemos de nossa limitação técnica. Precisamos melhorar em tudo. Ter jogadas ensaiadas de ataque, força defensiva e até ritmo de jogo.
Folha - O senhor teme que o Brasil fique fora do Mundial?
Hélio Rubens - Nós não estamos pensando em ficar fora. Estamos muito confiantes de que vamos conseguir a vaga. Agora, se não formos ao Mundial, vejo que não é razão para acabar com o esporte. Outros países com tradição no basquete, como Itália, Espanha e Grécia, já ficaram fora e nem por isso o esporte acabou nesses países.
Folha - Como o senhor vê a participação dos EUA, que já estão classificados?
Hélio Rubens - Eles enriquecem o torneio. Acho estranho. Eles nem deveriam participar. Treinamos com eles hoje (ontem), e estão com uma equipe boa. Creio que isso faz parte do plano para expandir o basquete e provar que são os melhores.

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