São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Grupo quer Cuba na cúpula com a Europa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cuba será convidada a participar de uma cúpula entre o Grupo do Rio e União Européia, que será realizada em 1999. Isso contraria a política norte-americana de isolar o regime de Fidel Castro.
A participação de Cuba no encontro foi proposta pela União Européia e aceita pelos chanceleres do Grupo do Rio, que está reunido em Assunção, no Paraguai.
A cúpula deve reunir chefes de Estado e de governo de todos os países da América Latina -mesmo aqueles que hoje não formam o Grupo do Rio- e da União Européia (UE), com o objetivo de aproximar os dois blocos.
Comércio
Na reunião, proposta pela Espanha, os europeus esperam responder ao avanço comercial dos EUA na América Latina, especialmente à proposta de uma área de livre comércio nas Américas.
"Decidimos que participarão da cúpula com a União Européia todos os 32 países da América Latina e do Caribe, incluindo Cuba", afirmou ontem o chanceler paraguaio, Rubén Melgarejo.
"Cuba é parte de América Latina, e não podemos deixar o país à margem de uma reunião desta natureza", disse o diplomata paraguaio.
A decisão reitera a oposição do Grupo do Rio ao isolamento de Cuba defendido pelo governo norte-americano. A política dos EUA também é criticada pelos países europeus.
Um dos temas da reunião do Grupo do Rio em Assunção é a extraterritorialidade de leis americanas que punem países e empresas que mantêm negócios com Cuba.
A versão preliminar do documento final do encontro rechaça esse tipo de legislação nacional com efeitos em outros países.
Diz que essas leis "violam a igualdade jurídica dos estados e os princípios de respeito e dignidade da soberania nacional".
Rio
Os chanceleres do Grupo do Rio decidiram ainda propor que a cúpula com a União Européia seja realizada na América Latina.
Os representantes dos países do Mercosul -Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai- sugeriram que o encontro aconteça no Rio de Janeiro.

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