São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Empresas querem oferta maior

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda da demanda interna por aparelhos de TV neste ano não desanima as empresas que formam o consórcio responsável pela busca dos interessados na construção da nova fábrica de cinescópios.
Segundo o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, as vendas de televisores pela indústria até julho estão no mesmo patamar de igual período do ano passado. "É um número extraordinário, pois o crescimento de venda em 96 foi imenso", disse.
Conforme Staub, a demanda por televisores no ano passado cresceu 8,5% e a oferta interna de cinescópios 7%. "Há espaço para uma nova fábrica", afirmou. Ele prevê que a unidade pode entrar em operação no ano 2000.
O crescimento da produção de televisores de tela grande -que já representa 10% do total e deve chegar a 16% até o final do ano- também justifica o projeto, de acordo com Staub.
O presidente da Gradiente lembra que a fábrica da Samsung de cinescópios, que entra em funcionamento no próximo ano, na Zona Franca de Manaus, só vai produzir o tubo para televisores de 14 a 20 polegadas. As TVs de tela grande -a partir de 26 polegadas- dependem hoje das importações.
A Philips, única produtora nacional de cinescópios, com fábrica de São José dos Campos (SP) -6 milhões de unidades anuais-, também não vem atendendo à demanda das empresas. Em 1995, essa demanda já chegava a 7,15 milhões ao ano. Neste ano, só a produção de televisores será de cerca de 9 milhões, segundo o BNDES.
Computadores
O mercado de tubos para monitores de computadores também será atendido pela nova fábrica de cinescópios. Conforme o BNDES, o mercado de microcomputadores vem crescendo 20% ao ano no país e a ampliação da oferta de tubos "é uma necessidade estratégica para a indústria eletrônica brasileira".

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