São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997
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Mexidas na tabela são comuns

DA REPORTAGEM LOCAL

A organização de um calendário para o futebol brasileiro é um dos desafios mais antigos que os dirigentes do futebol enfrentam, sem conseguir superá-lo.
Falta de preparo técnico, clientelismo, acordos políticos, interesses de TVs e de clubes se superpõem todos os anos à adoção de um cronograma imutável.
O respeito ao calendário foi apontado pela maioria dos patrocinadores dos clubes da Série A-1 como o ponto principal para a malhoria do futebol no Brasil, segundo pesquisa publicada pela Folha neste mês.
Essa necessidade também saiu do Simpósio do Futebol promovido pela Confederação Brasileira de Futebol no ano passado. Mas até agora ele continua apenas uma promessa.
As baixas rendas do Brasileiro e Estaduais levam as equipes a procurar amistosos no exterior, aproveitando a fase de prestígio do futebol brasileiro.
Sem argumentos para proibir os clubes de excursionar, as federações e CBF adaptam o calendário, prejudicando os clubes que não viajam.
As mudanças no calendário fazem cair as rendas, o que aumenta mais a necessidade de excursões.
Esses jogos amistosos aumentam ainda mais a maratona à que os jogadores se submetem. Um clube que chega às finais da Libertadores, como Cruzeiro neste ano, disputa perto ou mais de cem jogos num ano, cerca de 50% a mais dos que os clubes europeus.

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