São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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Copa-98 abre casas para torcida brasileira
MARTA AVANCINI
O lançamento oficial deverá ocorrer no próximo mês. A realização da campanha se deve ao receio de que as vagas disponíveis em hotéis sejam insuficientes para abrigar os turistas. Existem em Paris e região cerca de 400 hotéis, que contêm 13.980 mil quartos. A estimativa é da Mondiresa, empresa que está centralizando o serviço de reserva de hotéis para os torcedores que vão acompanhar o Mundial de futebol. "Ainda estamos na fase das consultas. Não estamos formalizando as reservas. Mas a procura já é grande, e o volume de pedidos do Brasil, significativo", disse Clemence Latreil, responsável pelo setor de comunicações da Mondiresa, sem revelar o número de pedidos de reserva feitos pelas operadoras de turismo brasileiras. A França recebe, por ano, cerca de 60 milhões de turistas. É o país mais visitado do mundo por turistas, de acordo com a Maison de la France, órgão responsável pela promoção do país no exterior. Por causa do Mundial, o afluxo de visitantes pode crescer até 20% em relação à média, prevê a Prefeitura de Paris. Estima-se que os brasileiros devam ser o maior grupo: cerca de 100 mil torcedores. O Office de Tourisme de Paris acredita que, em 98, a França deverá pular do quarto país mais visitado pelos brasileiros para a segunda colocação, atrás apenas dos EUA. Em 94, 280 mil brasileiros visitaram a França. No mesmo ano, os EUA receberam 610 mil turistas originários do Brasil. Consumistas A expectativa de uma forte presença brasileira durante o Mundial anima os comerciantes. "Eles (brasileiros) nunca saem sem comprar algo e têm fama de consumistas", declarou Christine Clévy, vendedora em uma loja de suvenires para turistas na rua de Rivoli, em Paris. Cada brasileiro gasta, em média, US$ 3.000 e fica uma semana na França, diz o Office de Tourisme. Para satisfazer os brasileiros, os lojistas prometem reforçar os estoques de camisetas, bonés e outros tipos de produtos ligados à Copa. "A procura já é grande e vai crescer nos próximos meses com a proximidade da Copa. É normal", disse Jean-Luc Ahmed, gerente de outra loja na rua de Rivoli. Ele diz que, de cada dez camisetas de futebol com símbolos ligados à Copa que vende, uma é para um brasileiro. Texto Anterior: O jogo Próximo Texto: Time egípcio amplia invencibilidade recorde; Chilenos participam de campanha contra fome; Tita marca o adeus ao futebol aos 39 anos; Valencia é 3º espanhol interessado em Sávio Índice |
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