São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Bambolê
Instant celebrity da estação e mineira até não poder mais, a ex-bancária Scheilla Carvalho (revista, ampliada e aprimorada na foto à esq.) trocou Juiz de Fora por Salvador disposta a ganhar o Brasil como a morena do tchan -depois de disputa com mais de 2.000 garotas. Aos 23 anos, ela veio a São Paulo pela primeira vez para um programa mais que legal: ser repaginada pelo expert em beleza Mauro Freire e por Patricia Carta, editora de moda da Revista da Folha, para depois ser clicada por Bob Wolfenson -tudo na mesma tarde em que ficou passada ao atravessar pela primeira vez a avenida Paulista, que ela só conhecia pela TV. Com 1,60 m, 53 kg e rebolado de parar o trânsito, ela chegou a perguntar se não estava parecendo Mortícia Adams por causa do visual radical chic armado para a ocasião. Feliz da silva com a fama relâmpago e toda orgulhosa da família, que vende churros em Minas, a moça só treme na base quando lembra que vai tirar a roupa para a "Playboy" quando o verão chegar. Antes disso, vestida para arrasar, ela estréia cheia de banca na seara das belas de plantão.
*
Decolagem abrupta dá medo?
E friozinho na barriga também.
Como atravessar a calçada da fama? Com a cabeça erguida.
Flashes fazem bem para a pele?
E para o espírito também.
Melhor rodar a mineira ou a baiana?
A mineira.
Por quem não vale a pena segurar o tchan? Pelos políticos do Brasil.
O que faz perder o passo? Pessoas falsas.
O pecado mora ao lado? Sempre foi meu vizinho.
Com quantas curvas se faz um rebolado?
Com número que não dá para contar.
Como não perder o jogo de cintura?
Tendo consciência de tudo o que se faz.
Tutu ou acarajé?
Acarajé.
Que coreografia não cabe no seu repertório?
Valsa.
Quem baila na curva?
O egoísta.
Que vitamina reforça seu suco?
A que tiver abacate.
Como não perder o passo?
É só se esforçar para manter a forma.
Tem medo de queda livre?
Sempre uso cinto de segurança.
É dura a vida da bailarina?
Mas também dá o maior prazer.

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