São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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FERA DO RALI Veja avaliação do Pajero que venceu o Sertões HENRIQUE SKUJIS
A prova de 5.000 km, disputada de 8 a 19 de julho, entre São Paulo e Natal (RN), foi vencida pelo piloto Klever Kolberg, 35, e pelo navegador Andre Azevedo, 37. A Folha acelerou o Pajero campeão em trilhas próximo à Serra da Cantareira, na Grande São Paulo. Nas partes técnicas e mecânicas, as principais modificações feitas no Pajero de corrida estão na suspensão e no motor. "O Pajero recebeu reforços sob o assoalho, e os amortecedores ficaram mais duros para reduzir o balanço do carro", explica Edgar Coachman Rombauer, chefe da equipe Mitsubishi durante o rali e responsável pelo departamento de competições da marca japonesa. Além disso, Coachman conta que a carroceria foi levantada, em três centímetros, "para não bater em buracos e pulos". O motor que moveu o Pajero campeão também não é o mesmo encontrado no carro de passeio. Tem 3.500 centímetros cúbicos (cc), seis cilindros em V (V6), 24 válvulas e 208 cavalos de potência. O Pajero vendido no Brasil usa motor de V6, 16 válvulas e 3.000 cc, que fornece 148 cavalos. O interior do carro de competição em nada lembra o confortável Pajero de passeio. Não há ar-condicionado, regulagem dos bancos nem trio elétrico. A janela é tampada por um plástico para impedir a entrada excessiva de terra. Existe apenas uma microjanela escamoteável. Os bancos de competição (em formato de concha) e o cinto de segurança de quatro pontos grudam o motorista e o navegador ao banco, proporcionando mais segurança em saltos, buracos e curvas. Para aliviar o peso, o painel original foi substituído por um de alumínio, e o ferro das portas foi trocado por fibra de vidro. As modificações reduziram o peso do Pajero em 200 kg. "Mas os reforços na suspensão, o santantônio (gaiola interna que protege contra capotagens) e o tanque de gasolina maior acrescentaram outros 140 kg", explica Coachman. Próximo Texto: Saiba quanto custa competir Índice |
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