São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Movimento triplicou no morro
SERGIO TORRES
As "bocas" se espalham por diferentes acessos: três nos conjuntos habitacionais de Cavalcanti, uma perto da estação ferroviária, outra na rua Edmundo, três na avenida João Ribeiro e duas na rua Silva Vale. O esquema recém-adotado na favela é o mesmo que, há alguns anos, funciona em redes de postos de combustíveis. Postos em áreas bastante movimentadas do Rio, como as avenidas Brasil, Suburbana e Presidente Vargas, escalam para o abastecimento e a troca de óleo apenas jovens frentistas do sexo feminino. Além das meninas envolvidas diretamente na venda das drogas, o tráfico no Engenho da Rainha usa garotos com menos de 15 anos na chamada "endolação" (embalagem) da cocaína e da maconha. Os que têm mais de 15 anos são destacados para a segurança, organizada pelo principal gerente de Jorge Boquinha, conhecido como Claudinho Bonitinho. Diferentemente do que ocorre em outros morros, a segurança é feita de forma discreta no Engenho da Rainha. Os homens armados vigiam as "bocas" à distância, para não intimidar a clientela. (ST) Texto Anterior: Boquinha é mistério para polícia Próximo Texto: Detenção de menor sobe 488% Índice |
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