São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Namorada leva mãe a visita e engravida Pastoral cria projeto Pernoite em Caruaru ARI CIPOLA
Pereira, condenado a 13 anos por um assalto a mão armada, cumpre pena na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru (PE), única do país dirigida pela Pastoral Carcerária, ligada à Igreja Católica. A Pastoral, há nove meses no comando do presídio, aposta no fortalecimento da relação dos presos com familiares para eliminar rebeliões e fugas. A namorada de Pereira, Joelma Maria da Silva, estava impedida de entrar na penitenciária até dezembro passado, quando fez 18 anos. Foi com a mãe, Josefa Maria da Silva Florêncio, 52. Hoje, grávida de sete meses e a poucos dias do casamento, Joelma continua levando a mãe para o pernoite. "Gosto de passear. Venho para não ficar em casa sozinha", diz a mãe de Joelma. "Na primeira noite não foi bom, porque a companheira trouxe a sogra. A sogra deitou no meio, eu não dormi, fiquei vendo TV. Só de manhã ela deu uma relaxada na guarda e foi de propósito para o banheiro. Aí...", conta Pereira. O projeto Pernoite atinge 50 presos. Com outros programas, é responsável pela tranquilidade na penitenciária, a segunda mais superlotada de Pernambuco -quatro presos para cada uma das 50 vagas. Presos com bom comportamento durante seis meses ganham o direito de passar, uma vez por mês, um dia e uma noite com parentes. Em outros presídios pernambucanos e do país, os presos têm apenas o direito aos encontros conjugais, semanais ou mensais, mas de apenas três horas de duração. Texto Anterior: Contato com família ajuda a evitar revolta Próximo Texto: Jardineiro é preso por matar artista Índice |
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