São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
'Prazer adversário' preocupa Kuerten
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Após ter dado sua carreira como encerrada, o norte-americano, que ontem chegou a 139º no ranking, voltou atrás e decidiu retornar as quadras. "Agora, jogo por prazer, por amor ao esporte. Sem pressão, obrigação, nada do gênero", disse Grant à Folha. "Ele ficou dez meses afastado do circuito, mas voltou bem", disse Kuerten. "Sei que a obrigação de vencer está do meu lado, afinal entro como cabeça-de-chave, mas tenho de aprender a lidar com isto." Para o brasileiro, jogar sem pressão seria melhor. "Foi assim em Roland Garros", disse ele. "Mas nem tudo é como a gente quer." Sabendo que uma das armas de Grant é devolver bem o saque, Kuerten passou a manhã toda de ontem sacando forte, a pedidos do técnico Larri Passos. Também treinou com o suíço Marc Rosset. Fernando Meligeni, que também passou o dia em Flushing Meadows, estréia contra o venezuelano Jimy Szymanski. As duas partidas estão programadas para hoje. Kuerten faz o terceiro jogo da rodada que começa às 12h (horário de Brasília). O jogo de Meligeni não foi confirmado até o fechamento desta edição. O tenista confirmou ontem que assinará em setembro contrato de patrocínio com a Renault. Boas novas Duas notícias alegraram o dia de Kuerten. A primeira, o fato de ter se mantido na nona posição do ranking. A segunda, não ter sentido mais dores no ombro direito. "Eu achava que podia cair para décimo. Esse negócio de ranking muda toda a semana, o importante é continuar jogando bem." Quanto às dores no ombro, Kuerten estava aliviado. "Depois de tanta massagem, melhorei." Para se concentrar para a estréia, ele decidiu não ir à festa de abertura do estádio Arthur Ashe, ontem à noite e foi descansar no hotel. Equipe da Davis Os quatro jogadores que defenderão o Brasil contra a Nova Zelândia, em setembro, serão anunciados hoje por Paulo Cleto. Capitão da equipe na Davis, ele teve ontem uma rápida reunião com Kuerten, Meligeni e Oncins, três dos quatro jogadores escalados para o confronto, em 19, 20 e 21 de setembro, em Florianópolis. A pauta do encontro foi a dívida da Confederação Brasileira de Tênis com os atletas, que enfrentaram os Estados Unidos no início do ano, mas não tinham recebido o pagamento como prometido. "Não use a palavra dívida, use compromisso", disse Cleto. "O compromisso para com a equipe será saldado hoje (ontem) e, resolvido o problema, anuncio o time." O mineiro André Sá, 20, tem esperanças de ser o quarto nome. Sá, que foi confundido com Pete Sampras e quase deu autógrafos no lugar do norte-americano, joga duplas no Aberto dos EUA, com o mexicano Oscar Ortiz. Na estréia, eles pegam o russo Yevgeny Kafelnikov e o checo Daniel Vacek. Texto Anterior: WNBA se prepara para o mata-mata Próximo Texto: Hingis, favorita, faz estréia contra tenista grávida Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |