São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Irã acena com fim da ajuda a guerrilheiros do Hizbollah
IGOR GIELOW
O Hizbollah mantém bases no Líbano e, a partir de lá, promove frequentes ataques contra Israel. Essas bases são um dos alvos preferenciais dos israelenses em suas incursões no território libanês. Ontem, o Hizbollah explodiu uma bomba em uma estrada na região controlada por Israel no sul do Líbano, o que teria ferido um miliciano pró-Israel. Pela proposta iraniana, a eventual aliança entre Irã, Iraque e Síria seria estendida ao Líbano, na prática um Estado que depende militarmente dos vizinhos sírios. "Temos informações positivas de Damasco. O representante iraniano lá concorda com nossas posições", disse à Folha o ministro Abdul Mourad (Formação Profissional), uma das principais "pontes" entre Beirute e Damasco. Segundo Mourad, o governo libanês vê com otimismo a chegada do moderado Mohammad Khatami à Presidência do Irã. Khatami preferiria a aliança com o Líbano a manter apoio ao Hizbollah. O premiê libanês, Rafik Hariri, ganharia com o esvaziamento do Hizbollah porque não controla o grupo guerrilheiro e vê com preocupação o prestígio político do Hizbollah, que sempre cresce quando há ataques israelenses. A negociação da aliança, que uniria rivais como Iraque e Síria, é a primeira resposta ao acordo militar entre Turquia e Israel, assinado em fevereiro de 1996. Esse tratado preocupa os países que discutem a nova aliança. Texto Anterior: Israel aponta ação da Síria pela paz Próximo Texto: Irã bane o nome 'América' de convite Índice |
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