São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
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História da MPB passa pelo Alemão

LUÍS NASSIF

Nos anos 70 e 80 nunca houve bar como o do Alemão -pelo menos para as rodas boêmias, de jornalistas e músicos. O primeiro dono, Murilo, fechava o bar para estranhos, depois das oito, e só permitia a entrada de fregueses músicos.
O dono seguinte, o inesquecível Dagô do Pandeiro, era mais preocupado com faturamento, mas também não abandonou a música. Trouxe para caixa Nelsinho do Cavaco. A presença de ambos garantia a música, enriquecida pelo rodízio com alguns dos melhores músicos do país.
No Alemão, reuniam-se desde a então jovem geração de compositores paulistas, até a primeira linhagem do samba carioca, de Cartola e Nelson Cavaquinho, a Paulinho da Viola e Paulo César Pinheiro.
Ainda hoje é possível intuir o antigo esplendor do Alemão, e provar algumas especialidades que resistiram ao tempo: como o chope de primeira, as omeletes, o melhor churrasquinho de São Paulo, os pratos alemães, para os fortes de estômago, e o produtor musical Pelão.
E conferir o passado, que virou fotos nas paredes do bar.

Email: lnassif@uol.com.br

BAR DO ALEMÃO av. Antártica, 554, Água Branca, região noroeste, tel. 871-4745. 150 lugares. Seg. a sáb.: 9h às 5h. Dom.: 17h às 5h. Preços: R$ 1,30 (chope) e R$ 8 (uísque).

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