São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Central noticia rodoanel

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) criará um centro de informações para esclarecer dúvidas e assessorar as pessoas que terão imóveis desapropriados para a construção do rodoanel.
A informação foi dada ontem, em Osasco (Grande SP), pelo gerente jurídico da empresa, Luís Antônio Tavolaro.
Segundo ele, a definição dos imóveis afetados só virá após um levantamento de campo, a ser iniciado dentro de três meses. Paralelamente a isso, a Dersa precisa ter aprovado, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, o estudo de impacto ambiental da obra.
Esse estudo irá para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente até o próximo dia 22.
Os trabalhos do rodoanel -uma estrada de 161 km em torno da cidade de São Paulo que ligará as rodovias que convergem para a capital, aliviando o tráfego nas marginais- começarão pelo setor oeste, num trecho de 31 km entre a estrada velha de Campinas e a Régis Bittencourt.
O governo quer iniciar a obra no primeiro semestre de 98.
As desapropriações serão necessárias porque o rodoanel passará por uma área povoada, como os municípios de Osasco e Carapicuíba.
Como o trajeto definitivo não foi acertado, quem tiver interesse em saber se seu imóvel corre o risco de ser desapropriado deve procurar o setor jurídico da Dersa. Quanto às pessoas sem escritura dos imóveis onde habitam, Tavolaro disse que as benfeitorias serão pagas e os moradores levados para áreas predeterminadas.
Será a própria empresa que avaliará todos os imóveis, para fins de indenização. De acordo com o coordenador do rodoanel, Ulysses Carraro, cerca de R$ 100 milhões dos R$ 494 milhões destinados à construção do trecho vão para ressarcimentos por desapropriações.
Ele disse ainda que o custo da obra pode aumentar em razão dos pedidos, feitos pelas prefeituras envolvidas no projeto, de alterações no traçado. Em geral, elas requerem passagens para pedestres e preservação de certas áreas, especialmente as de interesse ambiental.
Para Carraro, no entanto, o aumento no valor não deve ultrapassar os 20%.
(MT)

Texto Anterior: Cetesb teme desinformação sobre placas
Próximo Texto: Adriane Galisteu é internada às pressas; Peão favorito não participa de rodeio; Famílias sem-teto invadem terreno
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.